Sim é verdade, a ideia andava a cismar há já algum tempo mas foi agora com o aproximar da Primavera que ganhou força, decidimos dar uso a dois metros da horta para a instalação de um pequeno galinheiro, o modelo escolhido foi o Lyon e ideia é ter cerca de 3 galinhas.
O próximo passo será a montagem, o estudo de algumas técnicas de criação e um olhar mais demorado sobre a futura alimentação dos hóspedes, tentarei documentar o máximo possível o que for aprendendo.
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
Menzinhas - Uma cebola para as tosses
Um dia estava num sitio do costume onde uma conversa me chamou a atenção:
"O meu miúdo ontem estava com aquela tosse irritativa, nem dormia ele nem eu, fui buscar uma cebola cortei em quatro partes e pus lhe à cabeceira, foi remédio santo".
Lembro me que na altura achei bastante interessante mas como nunca fui de grandes tosses, pensei que era algo que não ia conseguir comprovar tão cedo, estava tão enganado.
O tempo muda e como este ano temos um Inverno a vestir Outono com temperaturas entre os 17º e 18º graus, eu achei que era altura de ter uma noite como nunca tinha tido antes, com tosse irritativa daquelas que só tinha ouvido falar... eu tinha sono mas sempre que ia adormecendo vinha aquela tosse repetidamente, entre a saturação e o desespero fui à cozinha e cortei uma cebola ao meio, pus as duas partes num prato e não pus na cabeceira mas sim ao lado da almofada.
A coisa correu tão bem que no dia seguinte acordei lado a lado com a cebola, não a tosse não tinha desaparecido mas consegui dormir em pleno e foi assim que nasceu uma relação séria e duradoura.
Desde esse dia, ou dessa noite, comecei a investigar mais sobre a amiga cebola, falei com gentes, pesquisei e cheguei à descoberta do que é agora dos meus chás favoritos, o chá de casca de cebola.
Não sendo eu um grande apreciador de chás para mim o chá de casca de cebola é simplesmente perfeito, o sabor e ao contrário do que estava à espera é suave nada intenso, a cor consoante a cebola é meio alaranjada, quanto à sua eficácia para as maleitas do Inverno é comprovadamente alta.
Apesar de ser óbvio que o chá de casca de cebola se faz com a casca da cebola, existem dois pormenores importantes de salientar, o primeiro é que a cebola deve ser biológica, se não bastassem todos o motivos ambientais convém lembrar que do lado da saúde estamos a falar de uma planta cresce debaixo de terra e que portanto na agricultura química está em constante contacto com pesticidas e herbicidas que permanecem ou escoam para o solo após o efeito da sua aplicação.
O segundo pormenor importante é que devemos sempre fazer o chá com a segunda casca da cebola, esta além de estar menos oxidada tem à partida menos contacto directo com terra onde podem existir agentes patogénicos.
Dito isto, o resto já se sabe água quente uma chávena e desfrutar .
"O meu miúdo ontem estava com aquela tosse irritativa, nem dormia ele nem eu, fui buscar uma cebola cortei em quatro partes e pus lhe à cabeceira, foi remédio santo".
Lembro me que na altura achei bastante interessante mas como nunca fui de grandes tosses, pensei que era algo que não ia conseguir comprovar tão cedo, estava tão enganado.
O tempo muda e como este ano temos um Inverno a vestir Outono com temperaturas entre os 17º e 18º graus, eu achei que era altura de ter uma noite como nunca tinha tido antes, com tosse irritativa daquelas que só tinha ouvido falar... eu tinha sono mas sempre que ia adormecendo vinha aquela tosse repetidamente, entre a saturação e o desespero fui à cozinha e cortei uma cebola ao meio, pus as duas partes num prato e não pus na cabeceira mas sim ao lado da almofada.
A coisa correu tão bem que no dia seguinte acordei lado a lado com a cebola, não a tosse não tinha desaparecido mas consegui dormir em pleno e foi assim que nasceu uma relação séria e duradoura.
Desde esse dia, ou dessa noite, comecei a investigar mais sobre a amiga cebola, falei com gentes, pesquisei e cheguei à descoberta do que é agora dos meus chás favoritos, o chá de casca de cebola.
Não sendo eu um grande apreciador de chás para mim o chá de casca de cebola é simplesmente perfeito, o sabor e ao contrário do que estava à espera é suave nada intenso, a cor consoante a cebola é meio alaranjada, quanto à sua eficácia para as maleitas do Inverno é comprovadamente alta.
Apesar de ser óbvio que o chá de casca de cebola se faz com a casca da cebola, existem dois pormenores importantes de salientar, o primeiro é que a cebola deve ser biológica, se não bastassem todos o motivos ambientais convém lembrar que do lado da saúde estamos a falar de uma planta cresce debaixo de terra e que portanto na agricultura química está em constante contacto com pesticidas e herbicidas que permanecem ou escoam para o solo após o efeito da sua aplicação.
O segundo pormenor importante é que devemos sempre fazer o chá com a segunda casca da cebola, esta além de estar menos oxidada tem à partida menos contacto directo com terra onde podem existir agentes patogénicos.
Dito isto, o resto já se sabe água quente uma chávena e desfrutar .
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
A era dos agricultores
Porque lá no fundo é muito isto, a agricultura faz parte de nós, embora continuemos a pensar que não somos parte dela. É um vídeo de 5 minutos, vale a pena começar, por ver.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
No Outono contam-se as histórias

Na horta colheram-se as abóboras, bonitas mas sem grandes quantidades, com muita pena minha os tomates plantados em finais de Julho pouco vingaram, uns finaram-se outros ainda nos mostram duas ou três flores quem breve irão murchar por completo, mas comecemos pelo inicio, afinal já andamos na horta à quase um ano e esta talvez seja uma boa altura para uma introdução mais demorada.
Quando à cerca de um ano atrás a horta renascia, a ideia começou num pequeno canteiro que haveria de dar para três ou quatro variedades, esse canteiro deu luta devido ao famoso escalrracho mas depois foi fantástico, nabiça, nabos, rabanetes, cenouras e rúcula invadiram o espaço que ainda hoje vê por vezes o germinar das sementes que os pardais trataram de espalhar pela terra.
Com o canteiro feito e a dar "frutos" continuou-se, hoje sacha-se aqui e amanha ali, deixavam-se as ervas mais inofensivas secar e depois enterravam-se, no espaço que nascia plantava-se mais, ervilhas, cebolas, alhos, brócolos, acelgas e com o Inverno à porta, as batatas e os morangos.
Este processo levou meses e com isso outras estações chegaram, a Primavera trouxe cores e novas oportunidades para os hortícolas de fruto, beringelas, pepinos, melões melancias tudo foi plantado enquanto as batatas eram atacadas pelo famoso míldio, colheram-se um pouco mais pequenas mas com a certeza que eram boas.
Nas árvores identificaram-se alguns problemas/pragas que a seu tempo serão abordados, mas uma das maiores dores de cabeça foram as formigas, dos testes que fiz para as levar a deixar o pátio alguns surtiram efeito e outros não tanto, mas como para a frente é que é caminho, cá estamos para aprender e partilhar.
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Os nutrientes
Sabemos que a composição e a qualidade do solo é um dos factores mais importantes
para o correcto desenvolvimento e sustentabilidade das plantas, esse é aliás um
dos motivos pelo qual o solo merece grande parte da atenção na agricultura biológica.
Se descascarmos um pouco mais laranja e quisermos entrar na composição e nutrição mineral das plantas vamos encontrar aqueles que são os elementos básicos do seu desenvolvimento, os macro e micro nutrientes.
Os macro nutrientes são os elementos necessários em maior quantidade:
Os micronutrientes são os elementos cujas as necessidades são de menor quantidade:
De um modo geral consideram-se nutrientes primários o Nitrogénio(N) o Fósforo (P) e o Potássio (K), não admira portanto que na agricultura convencional exista um gosto especial em despejar adubo (o famoso NPK) em tudo o que é planta.
O NPK não é um terrorista mas pode ser um erro que causa grandes debilidades ao nível do solo e da própria planta, é um principio que também se aplica a nós pessoas, se não tivermos uma alimentação equilibrada e variada isso acarreta um custo na nossa saúde, nas plantas funciona da mesma maneira.
para o correcto desenvolvimento e sustentabilidade das plantas, esse é aliás um
dos motivos pelo qual o solo merece grande parte da atenção na agricultura biológica.
Se descascarmos um pouco mais laranja e quisermos entrar na composição e nutrição mineral das plantas vamos encontrar aqueles que são os elementos básicos do seu desenvolvimento, os macro e micro nutrientes.
Os macro nutrientes são os elementos necessários em maior quantidade:
- Carbono
- Oxigénio
- Hidrogénio
- Nitrogénio
- Fósforo
- Potássio
- Cálcio
- Magnésio
- Enxofre
Os micronutrientes são os elementos cujas as necessidades são de menor quantidade:
- Boro
- Cloro
- Cobre
- Ferro
- Manganês
- Molibdénio
- Cobalto
- Níquel
- Zinco
De um modo geral consideram-se nutrientes primários o Nitrogénio(N) o Fósforo (P) e o Potássio (K), não admira portanto que na agricultura convencional exista um gosto especial em despejar adubo (o famoso NPK) em tudo o que é planta.
O NPK não é um terrorista mas pode ser um erro que causa grandes debilidades ao nível do solo e da própria planta, é um principio que também se aplica a nós pessoas, se não tivermos uma alimentação equilibrada e variada isso acarreta um custo na nossa saúde, nas plantas funciona da mesma maneira.
domingo, 7 de junho de 2015
O solo
Falar de agricultura biológica sem começar pelo solo é como falar do sistema solar sem o sol, simplesmente não faz sentido.
Embora não percamos muito tempo a pensar no assunto, o solo é base da agricultura, é do solo que qualquer planta (ou animal) retira o seu alimento e é também do solo que a planta define parte das suas estratégias de sobrevivência, o solo é literalmente a base.
Embora não percamos muito tempo a pensar no assunto, o solo é base da agricultura, é do solo que qualquer planta (ou animal) retira o seu alimento e é também do solo que a planta define parte das suas estratégias de sobrevivência, o solo é literalmente a base.

Tipicamente os solos podem ser mais arenosos ou mais argilosos sendo num cenário ideal francos, a imagem acima retirada da página do PNPG ilustra a composição volumétrica de um solo, ficamos assim a compreender que um solo é composto por:
- Matéria mineral
resulta da da fragmentação ou mineralização e varia de zona para zona. - Matéria orgânica
resulta dos resíduos animais ou vegetais (é decomposta pelos seres vivos/bichos). - Ar
- Água
ocupam os poros do solo, levando os nutrientes, oxigénio e vida ao subsolo.
Embora numa primeira análise tudo isto pareça simples, o solo é um sistema extremamente complexo e sensível, foi nele e com ele que vida surgiu e continua a surgir após milhares de anos e é dele que dependemos para existir.
2015 foi declarado pela ONU como o ano internacional dos solos e não é porque fica bem, é porque vivemos numa época numa em que o mundo perde anualmente solo arável equivalente a três Suíças.
2015 foi declarado pela ONU como o ano internacional dos solos e não é porque fica bem, é porque vivemos numa época numa em que o mundo perde anualmente solo arável equivalente a três Suíças.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Um pequeno melro

Ora ali estava algo completamente inesperado, um pequeno melro sozinho e assustado e nós atónicos ainda sem saber o que fazer, com o cair da noite e sem sinais dos pais acabamos por decidir que viria connosco, não tínhamos comida e foi assim que algumas minhocas do compostor acabariam por servir de manjar a pobre criatura.
Embora já fosse tarde ainda conseguimos ainda passar por uma loja para comprar uma embalagem de comida para pássaros insectívoros e uma seringa que viria a ser o biberão, a responsabilidade era grande mas criaram-se as condições.
Demos-lhe o nome de Cenoura, pois grande parte dos Melros tem o bico alaranjado, mas ficámos sempre na dúvida se tínhamos feito bem em o ter resgatado, por um lado sair do ninho sem conseguir voar e ser ajudado pelo pais é um processo natural nos melros, por outro a noite ia cair e os seus maiores predadores (os gatos) não iam dar oportunidade, foi algo instintivo.
Voltamos no dia seguinte e soltámos novamente a Cenoura (sim era uma ela) saltitando escondeu-se entre ervas e um loureiro e foi piando, por uma ou outra vez foi aparecendo um melro adulto, mas o cenário repetiu-se, a noite foi caindo e deixaram de haver sinais, era impossível deixá-lo ali à sua sorte.
Segunda-feira foi um dia de decisões, se inicialmente a nossa ideia era criar condições até que o nosso novo amigo conseguisse voar (não deveria faltar muito pois ele já ia esvoaçando), por outro também não o queríamos humanizar demasiado dado que sua sobrevivência futura ia depender disso, acabámos por contactar o SEPNA que prontamente o veio buscar, o procedimento foi seguir para o ICNF e muito provavelmente para o LxCRAS em Monsanto.
Foram 3 os dias com este pequeno melro que nos encheu o coração de dócil que era, deixou saudades e a esperança que um dia o vejamos por ai em altos voos.
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